O Palácio do Planalto dá sinais de que manterá sua forma de articulação política com o Congresso Nacional. Isso acontece em meio à crescente pressão para acelerar a liberação de emendas parlamentares e nomeação de indicações. As emendas parlamentares são recursos para os deputados e senadores enviarem para obras e projetos em suas bases e são usados como moedas de troca nas negociações.
Diferentemente do governo Bolsonaro, o presidente da Câmara, Arthur Lira, e os outros líderes defendem que o modelo seja mais descentralizado, permitindo a participação do Legislativo. Lula foi eleito presidente contando com uma pequena base de parlamentares de esquerda no Congresso, cerca de um quarto das cadeiras. Com isso, ele tem buscado aproximação e alianças com partidos de centro e de direita, ainda acertando a relação política do governo com o Legislativo.
Parlamentares criticam diversas matérias apresentadas pelo Planalto, principalmente acerca da atuação dos ministros e da articulação política. O próprio presidente da República sinalizou que não fará mudanças em seu time, mantendo a mesma equipe de articulação política, mesmo após a derrota na Câmara.
Enquanto isso, a pressão aumenta para que o governo acelere a liberação de emendas parlamentares e nomeações. O governo Lula concentrou em suas mãos a liberação desses recursos, enquanto os líderes do Congresso defendem uma maior descentralização desse processo. Resta agora aguardar como a articulação política entre o Executivo e o Legislativo será conduzida nos próximos meses, e se o governo Lula conseguirá garantir uma base aliada para aprovar suas matérias de interesse.
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