Em entrevista à TV Mirante, nesta manhã, o senador Weverton Rocha afirmou que seu partido, o PDT, não integrará o governo de Carlos Brandão (PSB) na reforma administrativa que o governador socialista realizará em breve. No entanto, ele não descartou uma possível aliança com Brandão, caso o governador renuncie ao mandato no início de 2026 para concorrer ao Senado, pelo campo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Weverton explicou que a decisão de não se aliar ao governo estadual foi motivada pelo respeito aos seus eleitores, que o apoiaram nas eleições de 2022, nas quais ele ficou em terceiro lugar, atrás de Brandão, vencedor no primeiro turno. O médico Lahesio Bonfim, então apoiado pelos bolsonaristas, terminou na segunda posição.
“Concorremos no passado e respeitamos as negociações que caminharam conosco. Não existe toma lá, dá cá. Fazemos uma oposição responsável, também contribuindo com o envio de recursos para o nosso Estado”, afirmou o pedetista.
Sobre uma possível aliança em 2026, Weverton deixou claro que poderia haver uma conversa caso Brandão decida concorrer ao Senado e se alie ao campo político de Lula. “Caso Brandão seja candidato ao Senado em 2026, pelo campo do presidente Lula, aí poderemos discutir uma eventual aliança”, completou.
Weverton também comentou a eleição para a presidência da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem), que foi vencida por aclamação pelo prefeito de Bacabal, Roberto Costa (MDB), aliado de Brandão. O senador afirmou que, embora tenha acompanhado de longe o processo, considerando a eleição uma questão interna dos prefeitos. Contudo, foi revelado que o presidente estadual do PDT, após um acordo com o vice-governador Felipe Camarão (PT) e agentes governistas, liberou sua base de prefeitos para apoiar Costa.
Nos últimos meses, Weverton tem se aproximado do grupo político de Brandão, embora não tenha admitido publicamente essa aproximação. A mudança de postura pode estar relacionada às disposições do presidente da República, que deseja formar uma chapa senatorial composta por Brandão, concorrendo a uma vaga no Senado, e Weverton, buscando a reeleição, com Camarão assumindo a cadeira de governador, com vistas à reeleição .
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