O vice-governador do Maranhão, Felipe Camarão, começou 2025 com força total, percorrendo o interior do estado e reforçando alianças políticas. Em cidades como Caxias e Codó, Camarão foi recebido por lideranças locais e participou de eventos políticos e sociais, mostrando-se ativo e comprometido com o municipalismo.
Em Caxias, o vice-governador esteve ao lado do prefeito Gentil Neto e do ex-prefeito Fábio Gentil, que demonstraram apoio político. Vestindo a camisa com o slogan “Caxias tem Camarão”, as lideranças locais deixaram claro o alinhamento com Felipe. Durante a visita, Camarão vistoriou obras e destacou a parceria do governo estadual com os municípios.
Já em Codó, ele foi recepcionado pelo prefeito Chiquinho FC e pelo deputado estadual Nagib, ambos aliados políticos. Camarão participou da 35ª Corrida de São Sebastião, não apenas como convidado, mas como corredor, fortalecendo sua imagem de proximidade com a população.
Com uma agenda intensa e estratégias claras de articulação, Felipe Camarão parece mirar voos mais altos no cenário político estadual.
No entanto, a pergunta que ecoa nos bastidores é: Carlos Brandão realmente cederá sua sucessão de mãos beijadas para Felipe Camarão?
É ingenuidade acreditar nisso. O cenário político maranhense é complexo, e Brandão dificilmente abrirá mão de controlar a transição de poder, especialmente para um nome que, apesar do esforço, ainda não conquistou um clamor popular significativo. Felipe Camarão é um político estratégico, mas seu nome ainda não possui o peso necessário para se consolidar como uma candidatura natural ao governo estadual.
Além disso, é improvável que o PT se arrisque em uma candidatura independente contra a base governista ou que Felipe Camarão consiga articular sozinho um apoio robusto suficiente para ser o escolhido. Mais plausível seria uma candidatura a deputado federal, onde o cenário é mais favorável para ele consolidar sua força política e ampliar sua base eleitoral.
Felipe Camarão está percorrendo o estado, criando alianças e marcando presença, o que é essencial em um ano pré-eleitoral. No entanto, acreditar que ele será o escolhido para suceder Brandão é, no mínimo, precipitado.
Ele pode até estar “disparando na corrida”, mas o percurso é longo e repleto de obstáculos. E, no final, o que deve prevalecer é a lógica do pragmatismo político que rege o Maranhão: quem controla o poder dificilmente o entrega de graça. Felipe Camarão será candidato, sim — mas, provavelmente, à Câmara Federal.
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